Foi a primeira vez que a gente fez.
A primeira vez que ela disse sim. A primeira de muitas, no que depender de mim. Mão na mão, olho no olho, nossos corpos se tocaram pela primeira vez.
Assim como o nosso amor, nada foi planejado. Aconteceu assim, de repente, um momento inesperado.
Não teve data certa, não teve hora marcada. Foi um encontro de almas, eu e minha namorada.
Éramos dois. Éramos um. Éramos corpos rabiscados. Éramos a certeza e a incerteza lado a lado. Típicos jovens apaixonados.
Eu contava as horas, os minutos, os dias. Eu queria estar preparado, seguro, mas mal eu sabia.
Que ter a certeza de tudo faz até perder a graça. Me basta a certeza que o mundo para, enquanto a gente se abraça.
E mesmo assim fui ficando nervoso, como nunca fiquei em toda minha vida. E o meu coração batia mais rápido do que um desses carros de corrida.
Meu peito esquentava e o meu braço tremia. E eu já não controlava o que o corpo fazia. Só sei que era aquilo, um momento sublime. Do jeito que eu sempre queria.
Ela se faz de durona, de poucas palavras, não fala pra mim o que sente. Mas sinto dizer, não é necessário, seus olhos azuis não mentem.
Eu quis que fosse perfeito, do jeito que a gente dizia. Você descansando em meu peito, cansada, depois do que a gente fazia.
Porque é com você que tudo faz sentido e o seu lugar é bem aqui comigo. E eu sempre soube que ia acontecer, só esperei partir de você.
E quanto a mim, eu te quero sim. E falo pro mundo inteiro que você agora é minha.
Quem disse que ninguém é perfeito, certamente não conheceu a minha esquentadinha.