São muitas as afinidades que unem Gabriel Falcão e Gabriel Leone, o mocinho Ben e o vilão Antônio da atual temporada de “Malhação”, que chega ao fim no dia 11 de junho. Além do nome, os dois foram alçados à fama agora na novela, são apaixonados por musicais, pensaram em seguir carreiras no esporte na adolescência (Falcão no surfe, Leone no polo aquático) e estão descobrindo os prazeres e desprazeres de estar em evidência.
— Nossa forma de enxergar a profissão de ator é muito parecida: as ideias que a gente troca sobre relacionamentos e ofícios, a maneira de pensar a vida de forma madura... — enumera Leone.
— Nós também temos o senso de humor parecido, o mesmo tipo irônico — completa Falcão.
Antes de estrearem na TV, os dois contam que “ralaram muito” no teatro. Falcão trilhou um caminho que inclui musicais de sucesso como “O despertar da primavera”, “Hair” e “Quase normal”. Já Leone, que começou na carreira artística aos 15 anos na banda Gedeom, formada com amigos do colégio, encenou peças como “A megera domada”, de Shakespeare, e “Senhora dos afogados”, de Nelson Rodrigues. Em comum ainda, eles têm a admiração por peças de Chico Buarque. Leone cantou músicas de “Gota d'água” numa montagem da companhia que integrava, enquanto o colega soltou a voz em “Roda viva”, no Tablado, tradicional escola de teatro carioca.
— Nada é fácil. Estamos nos especializando há um tempo, fazendo cursos. Entrar em “Malhação” é mais difícil. A quantidade de jovem atores que tentam é enorme. Fiz três testes antes de ser aprovado — lembra Leone.
Pé no chão, Falcão constata que, na maioria das vezes, os atores não passam nas seleções de elenco. Seja pelo nervosismo ou pelo perfil que não se encaixa no personagem:
— É o mais natural de acontecer. A questão é estar pronto. Se preparar para quando surgir a oportunidade, você estar à altura dela.
A instabilidade da carreira também é citada pelo jovens, que garantem estar preparados para a “montanha-russa” da profissão. Leone, por exemplo, já está na expectativa do próximo trabalho com o fim de “Malhação”.
— Às vezes você está lá em cima, e às vezes lá embaixo. E não significa que seja o fim do mundo porque faz parte da profissão. Quando digo: “espero poder continuar trabalhando” é porque desejo dar prosseguimento à carreira, em qualquer lugar, artisticamente falando, não necessariamente na TV. Se for na Globo, vai ser incrível — explica Leone.
Por causa da classificação indicativa, os atores vêm cortando um dobrado para dar verossimilhança aos acontecimentos da trama. Leone lembra que seu personagem assaltou um banco com um porrete:
— No Twitter, muita gente brincou: “Acho que vou assaltar um banco, como é fácil!”.
Falcão lembra outra passagem:
— Não falamos “fazer sexo com camisinha”. Dizemos: “É preciso se preservar”. Um pouco formal, né? Essa questão é mais complicada para as autoras (Ana Maria Moretzsohn e Patrícia Moretzsohn).
Nos últimos meses, os Gabrieis também passaram a ter a vida pessoal comentada por namorarem mulheres mais velhas do que eles. Falcão, de 23 anos, está com Vanessa Gerbelli, de 40, desde fevereiro; e Leone, de 20, está há um ano e dois meses com a atriz Sabrina Korgut, de 36. As notícias constantes por conta da diferença de idade não chegam a irritá-los, mas eles têm ressalvas quando o tom é de fofoca.
— É uma mentalidade de se preocupar com a vida dos outros e não com a própria. De buscar fofocas sobre problemas cotidianos de um casal, quase se alimentar disso. Aí que mora uma coisa ruim, sabe? — opina Leone, que acha natural se apaixonar sem ficar preso a rótulos.
O que realmente incomoda o ator são as pessoas palpitando e se metendo na sua vida pessoal.
— Falam sem ter ideia do que existe entre aquelas pessoas, do que consiste aquela relação. A questão da diferença de idade vira quase que um trunfo para a mídia. Qualquer reportagem que façam sobre Gabriel e eu, em algum momento, vão achar um ponto para citar o namoro e falar disso, em vez de focar no trabalho. Daí, fica uma repetição, um desgaste, uma forçação de barra — desabafa Leone.
Na opinião de Falcão, o “alarde” da notícia se deu por conta de ele e Vanessa, que está se destacando no papel de Juliana na novela “Em família”, serem pessoas públicas e não pela diferença de 17 anos em si.
— Só existiu por sermos pessoas públicas, assim como nossas namoradas. Se a minha relação fosse com uma pessoa pública da minha idade, seria tão noticiada quanto, dependendo do nível de visibilidade dela, até mais. Talvez se a Vanessa não fosse famosa, a diferença de idade não seria tão noticiada — avalia Falcão.
Além de todo o aprendizado no set de “Malhação”, onde os meninos, além de atuar, acabam acumulando conhecimento da parte técnica, a dupla conta que também está aprendendo a lidar com a fama.
— Passei por um batismo de fogo logo no segundo mês. Fui cercado por centenas de jovens gritando na Bienal do Livro e a organização pediu para eu ir embora. Fui completamente anônimo, com meus óculos escuros, meu pai e meu vô, mas não teve jeito. Os organizadores me deram convite para voltar outra hora — lembra Falcão.
Leone revela que passou por situação parecida este ano no carnaval de Salvador ao lado da namorada:
— Fui inocentemente passear no Pelourinho e não consegui andar na rua, sendo que há três anos passeei normalmente pelos pontos turísticos com a minha mãe. Quando ia para o camarote, tinha que ir cercado por seguranças. Fico assustado, mas não negativamente. A gente rala para caramba, vai para o Projac de segunda a sábado. E o assédio é uma consequência, um reconhecimento.
Entrevista bafônica né gente? Flaviana e Sofia adoraram!
Fonte: Com informações de O Globo
Publicado Por: Kaio Oliveira do 180 graus
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